Um erro provocado pelo necrotério do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) fez com que dois corpos fossem entregues a famílias diferentes e um deles foi enterrado no lugar de outra pessoa no cemitério São João Batista, em Feira de Santana. A confusão provocada pelo hospital aconteceu na manhã deste domingo (2) e foi preciso a intervenção da polícia para resolver a situação.
Segundo informações, uma senhora identificada como Maria Luiza Santos, de 59 anos, foi sepultada por engano e a troca só foi descoberta após a insistência de um filho, em querer ver o corpo da mãe, no necrotério do hospital.
Em entrevista ao repórter Marcos Valentim. o sargento Cotias, da 66ª Companhia Independente (CIPM) explicou o que aconteceu e o desfecho do problema.
“Havia dois sepultamentos para a data de hoje e a primeira família foi pela manhã e pegou o primeiro corpo, crendo que o hospital teria entregue o corpo do familiar. Imediatamente, eles fizeram o sepultamento. Quando a segunda família foi pegar o outro corpo um dos membros (filho) inquietou-se e pediu para verificar o corpo e a princípio, o hospital disse que não poderia, por questão de segurança, normas sanitárias. Ele insistiu e disse que foi intuição de Deus, e quando permitiram que entrasse, verificou-se que aquele corpo não era de Maria Luiza, a mãe dele, cadê o corpo?”, relatou o sargento.
O militar contou que após a guarnição ser acionada foi feita diligência até o cemitério e após resistência da outra família, a sepultura foi aberta e verificada a troca dos corpos.
Ainda de acordo com o sargento, o corpo foi encaminhado de volta para o hospital, para novo procedimento e entrega correta aos respectivos familiares.
Através de sua assessoria, o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) emitiu uma nota sobre o assunto:
Nota de Esclarecimento
O Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) lamenta o fato ocorrido na troca de corpos de duas pacientes vítimas de COVID neste domingo. A direção da unidade esclarece que os corpos estavam bem identificados, sendo a única coincidência o primeiro nome: “Maria”. O filho de uma das vítimas fez o reconhecimento e a funerária a remoção do corpo. Protocolo estabelecido justamente para controlar este tipo de situação.Uma outra medida adotada pelo hospital para evitar troca de corpos de vítimas de COVID, foi o desenvolvimento de um saco com uma parte transparente para mostrar o rosto da pessoa (ver imagem). Uma funcionária do hospital, que também é costureira, já confeccionou cerca de 80 sacos específicos para pacientes com COVID. A unidade vai apurar o caso e ouvir todos os envolvidos.
Blog Central de Polícia, com informações de Marcos Valentim e imagem reprodução/redes sociais (matéria atualizada).