NOTICIÁRIO POLICIAL

Feira de Santana registra mais de 800 casos de violência contra mulher entre janeiro e maio

A cidade de Feira de Santana registrou 852 ocorrências de violência contra a mulher apenas no ano de 2022. Deste número, a violência mais frequente é a ameaça, com 492 denúncias.

Os dados são da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM) e foram computados até o dia 31 de maio.

“A ameaça pode tirar a paz de uma mulher. Ela pode deixa de trabalhar, deixa de fazer as coisas mínimas do dia a dia. Acompanhada de humilhações e constrangimentos, a ameaça já caracteriza outro delito, que é a violência psicológica”, explica.
No ano passado, a cidade registrou um total de 2.751 ocorrências de violência contra a mulher. As ameaças corresponderam a quase metade dos casos, com 1.301 registros.

Tanto em 2021 como em 2022, as ocorrências seguem o mesmo padrão. Após as ameaças, os delitos que mais aparecem são a agressão moral, a lesão corporal e o estupro. Neste ano, os três delitos somam 317 ocorrências.

Uma mulher que não quis ser identificada conta que era humilhada pelo ex-marido na frente dos próprios filhos. Ela afirma que vive as consequências das ameaças sofridas durante o relacionamento abusivo, que durou cinco anos e meio.

“Eu vivo com medo, porque meu ex-marido sempre vivia me ameaçando e ameaçando a minha família. Ele falou que se eu mexesse ou se minha família interferisse na relação dele com os meus filhos, que ele poderia vir a fazer algo contra mim e contra minha família”, desabafa.

Como denunciar

Para denunciar o agressor, o primeiro passo é a mulher vítima de violência prestar queixa na Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM).

Depois disso, é possível solicitar uma medida protetiva para que o agressor não tenha nenhum tipo contato com ela.

Após a concessão da medida protetiva, a Polícia Militar faz a fiscalização através da Ronda Maria da Penha, que atende atualmente 146 mulheres na cidade.

“Quando a medida protetiva é deferida pelo juiz, entra o trabalho da ronda, fiscalizando e visitando essas mulheres nos dias, horários e locais indicados por elas”, explica a Tenente Renata Martins, comandante da Ronda Maria da Penha.

G1 Bahia com informações da TV Subaé e imagem CP

 

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