A causa da morte do cantor gospel Pedro Henrique Silva de Jesus, de 30 anos, ocorrida no dia 13 de dezembro do ano passado, enquanto se apresentava em um evento no bairro Parque Ipê, em Feira de Santana, ainda é um mistério para as autoridades.
A família desconhece até hoje, quando completam 40 dias, a razão da morte do músico, pois, e alegam que ele não tinha histórico de problemas de saúde.
A reportagem do blog Central de Polícia procurou o coordenador da Macro Regional do Recôncavo, do Departamento de Polícia Técnica, Rogério Serafim, a fim de saber o motivo da demora no laudo e esclarecer por que, na época, o corpo do evangélico não foi liberado para sepultamento, mesmo possuindo a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
O gestor explicou ao repórter Denivaldo Costa que a prática é seguir o padrão da justiça, com os dados provenientes dos institutos oficiais de identificação, que, no caso da Bahia, é o Instituto de Identificação Pedro Mello.
“A CNH é utilizada de forma rotineira no dia a dia do nosso cotidiano, mas para nossa identificação técnica, nós utilizamos o documento de identificação expedido pelos institutos de identificação, que, no nosso caso, a CNH não é aceita”, explicou Rogério Serafim.
Questionado se a certidão de nascimento possibilitaria a liberação, o gestor respondeu:
“Quando uma família vem aqui e registra que de fato se trata daquela pessoa em situações excepcionais, essa família pode se dirigir a uma delegacia de polícia que faz um auto que se trata do ente querido dela, e em situações excepcionais a liberação é feita”, frisou Serafim.
Sem documentação
“Os familiares devem procurar a autoridade judiciária, no caso o juiz ou até o Ministério Público, para poder intermediar junto ao Poder Judiciário todo o trâmite de documentos e através das documentações”, pontua.
Morte do cantor gospel em Feira de Santana
“No caso do cantor, ele estava em posse da CNH e não estava com o documento de identificação dele expedido pelo Instituto de Identificação. Portanto, ficou uma dúvida se o documento de identificação dele foi emitido pelo Estado da Bahia ou pelo Estado do Rio de Janeiro”, explicou o coordenador da Macro Regional do Recôncavo, do Departamento de Polícia Técnica.
“Fizemos as buscas devidas em dois institutos, tanto do Rio de Janeiro como da Bahia, e logo em seguida conseguimos uma ficha de identificação dele, expedida aqui pela Bahia, e daí se procedeu a identificação e o corpo ficou apto para liberação para os familiares”, ressaltou.
Investigação sobre a morte do músico
O prazo para que o laudo da causa morte do cantor fosse liberado pelo órgão foi de 30 dias, porém até o momento nada foi divulgado.
“Já pedimos prioridade no resultado desses exames para agilizar, onde terá condições para reunir todas as peças e aí sim concluir o laudo. O que foi liberado inicialmente foi uma declaração de óbito”, alertou Serafim.
“Os exames complementares às vezes exigem algumas complexidades e a demanda tem sido muito grande. Mas no caso específico, foi solicitado pela nossa coordenação junto à Direção Geral uma prioridade no atendimento e nós esperamos dentro em breve”. Ouça
Blog Central de Polícia, com informações de Denivaldo Costa (Rádio Subaé) e imagem ilustração/redes sociais
