NOTICIÁRIO POLICIAL

Mãe acusa UPA do Clériston e HEC de negligência; “Eu gritava que meu filho estava sem respirar”

“Quando entrei no quarto e vi meu filho morto, foi a pior cena da minha vida”

O emocionante depoimento de Natália Bastos, mãe de Bryan Bastos Barreto, de apenas 1 ano e 3 meses, que faleceu no último dia 26 no Hospital Estadual da Criança (HEC) em Feira de Santana, comoveu os ouvintes do programa Ronda Policial, da rádio Subaé.

Ela relatou nesta terça-feira (30) que levou seu filho ao hospital especializado, com 38,4 graus de febre e obteve a resposta que só podiam atender com 39 graus acima ou em caso de acidente. Recomendaram que levasse a criança até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), ao lado do Hospital Clériston Andrade, que teria pediatra.

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“Ao chegar à UPA, o médico não examinou meu filho, e suspeito que o enfermeiro que o atendeu não tinha experiência, pois errou a veia e chamou outra pessoa para auxiliar. O soro foi administrado erroneamente, meu filho começou a agonizar e gritar. Pedi ajuda enquanto ele ficava com os lábios roxos e parava de respirar. Coloquei-o na maca e iniciei os procedimentos de ressuscitação”, relatou emocionada ao repórter Denivaldo Costa.

“Eu gritava que meu filho estava sem respirar, a médica chegou friamente, e a enfermeira o levou para a sala vermelha, onde diversos médicos, incluindo da SAMU e de outros setores, apareceram de repente”, afirmou.

Segundo Natália, após 27 minutos de reanimação, seu filho foi entubado e transferido para o Hospital Estadual da Criança, após receber a medicação necessária.

“No HEC, não me permitiram entrar na recepção, e recebi a notícia de que meu filho havia falecido, chegando à unidade sem batimentos cardíacos, tentaram reanimá-lo sem sucesso”, disse a genitora.

“Quando entrei no quarto e vi meu filho morto, foi a pior cena da minha vida. Havia uma poça de sangue, nariz e boca cheios de sangue, além de escoriações no corpinho, nos braços e no peito”, lamentou Natália.

“Eu acredito que o erro foi na manobra realizada na UPA, e vou registrar queixa na delegacia, pois há suspeita de medicação errada. Recebi relatos de mães cujos filhos com febre de 39 graus retornaram sem atendimento”, disparou a mãe da criança.

“No dia em que meu filho faleceu, eu também morri. Na verdade, minha vontade ao acordar todos os dias é morrer”, finalizou Natália Bastos. Ouça o relato da mãe

Blog Central de Polícia, com informações de Denivaldo Costa e imagens reprodução/arquivo pessoal.

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