NOTICIÁRIO POLICIAL

Deputado Capitão Alden critica sistema carcerário,aponta falhas no uso de tornozeleiras e alerta para o alto custo do equipamento

"O Governo brinca dizendo que reduziu 6%, no número de mortes do ano passado"

O deputado Federal Capitão Alden, esteve em Feira de Santana e durante entrevista ao programa Ronda Policial, da rádio Subaé, fez duras críticas ao sistema carcerário baiano, à segurança pública e à suposta redução de crimes, bem como ao uso inadequado da tornozeleira eletrônica e seus valores, além das falhas das unidades prisionais, que, segundo ele, são cuidadas pelos próprios presos.

“A violência está em todo o país, especialmente naqueles que brincaram de fazer segurança pública. A Bahia é um exemplo disso, pois estou há 22 anos na Polícia Militar da Bahia, como capitão da PM, e posso dizer com toda certeza que, em 16 anos do partido que está no poder, já temos 90 mil assassinatos”, explicou.

“Não existe nenhum país do mundo que tenha o histórico de violência como na Bahia. O Governo brinca dizendo que reduziu 6% no número de mortes do ano passado em relação a este ano”, enfatizou.

“A tornozeleira eletrônica está sendo distribuída no Brasil de maneira equivocada, pois isso não garante que o preso não volte a reincidir. Ela é muito barata para o sistema prisional, o preso custa R$ 4 mil em média com alimentação e estrutura. Já a tornozeleira custa em média R$ 500 a R$ 600 de aluguel”.

Ele ressaltou que não estão inclusos o custo de vidas humanas e patrimônio durante as saidinhas das penitenciárias. Quando o equipamento é destruído, o valor vai até R$ 2000, e alguns estados observam que o contrato fica inviável com multas e consertos dos equipamentos.

O deputado enfatizou também que a tornozeleira eletrônica tem falhas. “Caso o preso retire tornozeleira ou adentre uma área que é proibida frequentar, em decisão judicial, não tem uma equipe de força-tarefa para atuar de imediato, seja na recaptura ou recolocação da tornozeleira; não há equipe para monitorar”, lamentou o deputado.

Alden criticou o modelo dos presídios, enfatizando que são totalmente frágeis, e falou que os profissionais ficam expostos. “Oito mil presos no sistema carcerário, estão lotados, mas temos outros prédios construídos, mas o Estado não entregou, além da convocação de mais agentes penais”, alertou.

“Nas penitenciárias da Bahia, quem cuida dos detentos são os próprios presos, informando que controlam o período de descanso, folga e banho de sol”, denunciou Capitão Alden. Ouça

Blog Central de Polícia, com informações do programa Ronda Policial (Rádio Subaé) e imagem ilustração/G1 arquivo.

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